O SINPROESEMMA (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão) deu continuidade na manhã desta quinta-feira, 20, na Praça Deodoro, à mobilização em favor do preenchimento de vagas por trabalhadores em educação aprovados no último concurso do estado (2009). Eles estão sendo prejudicados pelo governo, que tem realizado a contratação temporária de professores para atender à demanda da rede básica de ensino.
O movimento envolvendo centenas de trabalhadores em todo o Estado teve início na última terça-feira (dia 18) com a realização na sede do Sindicato de reunião para nortear atividades, cujo caráter é buscar junto ao governo, o direito de assumir a vaga garantida por meio do certame. Também na oportunidade, os excedentes e a direção do Sinproesemma foram à imprensa denunciar a ação dos gestores estaduais. E, por último, os educadores participaram de reunião na sede das Promotorias (Cohama) com o promotor de Educação, Paulo Avelar, que garantiu o ingresso em uma ação judicial para reverter o movimento do governo.
O ato desta quinta-feira teve como ponto alto denúncias da situação nas escolas como falta de professores e contratos temporários. A principal denúncia dos trabalhadores é quanto à prorrogação por mais dois anos de contratos e ao preenchimento das vagas existentes por professores de áreas diversas, que complementam o número de profissionais em sala, mas que não têm formação específica para a disciplina.
Denúncia pública
“A nossa presença aqui na praça é para denunciar os desmandos do governo”, falou Júlio Pinheiro, quando do seu discurso aos presentes. Na ocasião, Pinheiro falou ainda da disposição do Sindicato em lutar pelos direitos da categoria, que desde o final de 2008, tenta acordo com o governo para a aprovação da nova proposta do Estatuto do Educador.
“Entendemos que não é falta de recursos, mas falta de vontade”, falou o presidente, criticando as políticas aplicadas pelo governo.
“Entendemos que não é falta de recursos, mas falta de vontade”, falou o presidente, criticando as políticas aplicadas pelo governo.
A explanação de Pinheiro foi endossada pelo diretor de Cultura do SINPROESSEMMA, Euges Lima. “Queremos ressaltar que a questão dos excedentes não é apenas do Sindicato. A questão dos excedentes é de toda a sociedade maranhense. A nomeação é prioridade na educação do Estado. E essa luta é do SINPROESEMMA”.
Também indignado com a situação, o diretor de Comunicação, Júlio Guterres, lamenta a falta de compromisso do governo e disse que o SINPROESEMMA em tempos idos, já desenvolveu campanhas com o mesmo objetivo. “O grande problema que vemos é que o governo estadual encara a educação como um gasto e, portanto, os governantes optam por fazer o mais barato que é contratar uma série de professores pela metade do salário. Essa é infelizmente, uma demonstração de que o governo não tem responsabilidade com a educação”, ressaltou o diretor.
O diretor adjunto de Formação Sindical, Williandckson Garcia, defendeu a nomeação dos excedentes como uma grande contribuição para a melhoria da educação no estado, pois os concursados "foram aprovados por mérito e há carência de professores na rede".
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