SÃO LUÍS - Especialistas alertam para o perigo do risco de dengue, mesmo fora do período de chuvas. É que os ovos que dão origem ao mosquito transmissor da doença podem resistir por mais de um ano. E uma simples chuva, como a que atingiu a capital no início da tarde deste sábado (29), pode ser suficiente para que o mosquito se reproduza.
Mesmo com muitas campanhas de combate à doença, muita gente ainda ignora o perigo da dengue. Lixo nas ruas, recipientes que acumulam água: em uma rua na Ilhinha, mais um amontoado de pneus velhos, alguns com água parada. Tudo o que o mosquito Aedes aegypti precisa para se procriar.
Segundo os especialistas, mesmo sem chuva, os ovos que dão origem ao mosquito da dengue podem resistir por mais de um ano. Quando começa a chover o perigo aumenta. Os recipientes que acumulam água funcionam como criadouros do mosquito.
Segundo a infectologista Rosângela Cipriano, os cuidados com a prevenção da dengue não devem ser esquecidos mesmo no período seco, em que há redução de casos. Ainda segundo ela, é importante também ficar atento aos sintomas mais graves da doença, a hemorrágica, que pode levar à morte.
Este ano, 16 pessoas morreram vítimas de dengue no Maranhão, a maioria do tipo hemorrágica. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o número de casos subiu de 5.987, de janeiro a outubro de 2010, para mais de 13.083, no mesmo período deste ano. Cerca de 70% das notificações foram nas regiões: metropolitana (5.453), Imperatriz (1.098), Chapadinha (712), Caxias (699) e região de Barra do Corda (433).
A própria SES admite que um dos fatores que contribuíram para o aumento do número de casos foi a negligência de alguns municípios no combate à doença. O registro de cinco casos de dengue tipo quatro no Maranhão, este ano, deixou as autoridades em alerta para um risco de epidemia no próximo período de chuvas.
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