A Polícia
Civil do Maranhão com apresentou no dia 26, na sede da Secretaria de Segurança
Pública (SSP-MA), o casal Charles da Silva Viegas e Maria José Viegas, donos da
empresa “El Berite”, a qual é
apontada como participante do esquema de agiotagem na cidade de Bacabal.
Segundo
o delegado Roberto Wagner Fortes, presidente da Comissão de Investigação de
Agiotagem da Superintendência Especial de Investigação Criminal (SEIC), Charles
e Maria Viegas foram presos pela Polícia Civil de São Paulo, a pedido da
polícia do Maranhão, na última quinta-feira (19), em um apartamento na região
do bairro do Morumbi, na capital paulista.
Os dois
suspeitos foram levados para o sistema penitenciário de São Paulo e, nessa
quarta-feira (25), eles foram recambiados para o Maranhão, por uma equipe da
Polícia Civil do Estado.
Ainda
de acordo com o delegado, mais de R$ 4 milhões foram movimentados de forma
irregular pela empresa El Berite, na cidade de Bacabal.
“A construtora El Berite recebe diretamente
das contas da Prefeitura de Bacabal R$ 4,5 milhões sem nenhum contrato, sem
nenhuma licitação, sem nenhuma justificativa. E essa construtora repassa para
agiotas, para ex-vereador, ex-presidente de CPL (Central Permanente de
Licitação) e demais servidores, pulverizando esse dinheiro. Ela é considerada
uma conta de passagem, onde os proprietários simulam uma obra ou uma prestação
de serviços para a Prefeitura de Bacabal e repassa esse dinheiro para várias
pessoas”, explicou
o delegado.
Até o
momento, 17 pessoas foram indiciadas por participação no esquema, e nove
pessoas que tiveram a prisão decretada já estão detidas. Ao todo, a ação
criminosa pode ter desviado dos cofres do Estado do Maranhão e de várias
prefeituras, mais de 100 milhões.
Leonardo
Bastian, da Superintendência de Combate à Corrupção, o ex-secretário emitiu
cheques da prefeitura sem autorização, para o agiota Josival Cavalcante da
Silva, conhecido como “Pacovan”, para pagamento de despesas particulares.
“Ele tinha negócio particulares com o Pcaovan,
em vez de pagar com o dinheiro dele, ela pagava com os cheques da prefeitura.
Sorte que os cheques foram apreendidos antes de serem descontados, por isso,
não houve prejuízo ao erário. Os cheques foram encontrados durante uma operação
de busca e apreensão na casa de ‘Pacovan’, antes de serem descontados. Cada
cheque tinha valor de mais de R$ 100 mil”, disse o delegado
Leonardo Bastian.