sábado, 28 de novembro de 2015

AGIOTAGEM: DONOS DA EMPRESA EL BERITE CHEGAM AO MA E SÃO APRESENTADOS NA SSP

A Polícia Civil do Maranhão com apresentou no dia 26, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), o casal Charles da Silva Viegas e Maria José Viegas, donos da empresa “El Berite”, a qual é apontada como participante do esquema de agiotagem na cidade de Bacabal.
Segundo o delegado Roberto Wagner Fortes, presidente da Comissão de Investigação de Agiotagem da Superintendência Especial de Investigação Criminal (SEIC), Charles e Maria Viegas foram presos pela Polícia Civil de São Paulo, a pedido da polícia do Maranhão, na última quinta-feira (19), em um apartamento na região do bairro do Morumbi, na capital paulista.
Os dois suspeitos foram levados para o sistema penitenciário de São Paulo e, nessa quarta-feira (25), eles foram recambiados para o Maranhão, por uma equipe da Polícia Civil do Estado.
Ainda de acordo com o delegado, mais de R$ 4 milhões foram movimentados de forma irregular pela empresa El Berite, na cidade de Bacabal.
“A construtora El Berite recebe diretamente das contas da Prefeitura de Bacabal R$ 4,5 milhões sem nenhum contrato, sem nenhuma licitação, sem nenhuma justificativa. E essa construtora repassa para agiotas, para ex-vereador, ex-presidente de CPL (Central Permanente de Licitação) e demais servidores, pulverizando esse dinheiro. Ela é considerada uma conta de passagem, onde os proprietários simulam uma obra ou uma prestação de serviços para a Prefeitura de Bacabal e repassa esse dinheiro para várias pessoas”, explicou o delegado.
Até o momento, 17 pessoas foram indiciadas por participação no esquema, e nove pessoas que tiveram a prisão decretada já estão detidas. Ao todo, a ação criminosa pode ter desviado dos cofres do Estado do Maranhão e de várias prefeituras, mais de 100 milhões.
Leonardo Bastian, da Superintendência de Combate à Corrupção, o ex-secretário emitiu cheques da prefeitura sem autorização, para o agiota Josival Cavalcante da Silva, conhecido como “Pacovan”, para pagamento de despesas particulares.
“Ele tinha negócio particulares com o Pcaovan, em vez de pagar com o dinheiro dele, ela pagava com os cheques da prefeitura. Sorte que os cheques foram apreendidos antes de serem descontados, por isso, não houve prejuízo ao erário. Os cheques foram encontrados durante uma operação de busca e apreensão na casa de ‘Pacovan’, antes de serem descontados. Cada cheque tinha valor de mais de R$ 100 mil”, disse o delegado Leonardo Bastian.


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