Segundo sindicato, cerca de 100% do efetivo já aderiu ao movimento.
Categoria exige aumento de acordo com o piso nacional e diminuição da carga horária.
A Prefeitura responde que paga em média R$ 2 mil reais para o profissional que trabalha 20 horas semanais.
Professores municipais de Lima Campos protestaram em frente a Prefeitura no primeiro dia de greve |
Professores da rede municipal de ensino entraram em greve nesta segunda-feira (14), em Lima Campos (MA). De acordo com Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Lima Campos (SINDSEP), cerca de 100% da categoria aderiram ao movimento. A Secretaria Municipal de Educação ainda não concluiu o levantamento dos funcionários que paralisaram as atividades, porém, divulgou que a paralisação não foi completa. Várias escolas da zona rural funcionaram.
Jailson Fausto, prefeito de Lima Campos |
“O senhor secretário municipal de Educação, Marcos Monteiro Pereira, que inclusive é ex-presidente do SINDSED, ainda não se manifestou, e nem o Prefeito Jailson Freitas Alves compareceu ou mandou algum representante as reuniões da classe. Gostaríamos de lembrar que em 2013, o piso salarial era 7,97%, no entanto a Prefeitura repassou um aumento de 4,5%; e em 2014, o prefeito se recusa a repassar o valor correto também, que de 8,32% e só apareceu nas contas dos servidores 6,5%. Também estamos reivindicando a redução da carga horária semanal que já é lei, mas nunca entrou em vigor no município”, frisou Marta da Silva Lima, presidente dos servidores públicos de Lima Campos.
Em conversa com o Blog do Carlinhos, o prefeito Jailson Fausto afirma que a Prefeitura fez três simulações para chegar ao aumento dos professores municipais em 2014, dividindo o valor de 78% do FUNDEB de Lima Campos, em 13 meses, incluso o 13º, chegou ao valor de 6,5%.
“Estamos usando 78% do FUNDEB de Lima Campos apenas para a folha de pagamento e a Lei estipula no máximo 60%. Hoje o professor de Lima Campos, com a carga horária de 20 horas, recebe em média R$ 2 mil reais por mês. É o maior salário da região. O que sobra do recurso do FUNDEB não deu sequer para ajudar nas reformas de escolas, mas todas elas foram reformadas. Entendo que a greve aqui é mais política”, afirmou o prefeito.
O SINDSEP afirma que Prefeitura evita uma negociação com seus representantes e isso levou a paralisação.
"O prefeito é muito fechado para negociações; o secretário de educação de certa forma também está se fechando, e por falta de acordo, a greve está acontecendo”, disse a Presidente do SINDSEP.
O Prefeito Jailson informou que o reajuste passou pelo conhecimento da Promotoria de Justiça e revelou que existe uma liminar na Justiça que impede a greve dos professores municipais. “A liminar foi concedida em 2013 e renovada em 2014”, explicou.
Em relação à diminuição da carga horária, o Sindicato afirma que é um direito legal, porém tem sido procrastinado pela gestão municipal. Sobre essa reivindicação, Jailson Fausto informou que está disposto a discutir a partir de agora. De acordo com o prefeito a redução da carga horaria dos professores acarretaria a necessidade da contratação de pelo menos 100 professores.
Jailson Fauto também lembrou a batalha judicial com o SINDSEP.
“O Sindicato também está reivindicando um recurso que caiu nos cofres da Prefeitura no mês de maio, porém, como nós estamos pagando 78% do FUNDEB, decidimos usar esse recurso para quitar dividas junto ao INSS. Em relação a essa reivindicação a Justiça deu ganho de causa por duas vezes a Prefeitura de Lima Campos; ganhamos aqui e ganhamos em São Luís”, finalizou o prefeito Jailson Fausto.
Por fim, o SINDSEP de Lima Campos argumenta que está defendendo o direito da classe.
Na verdade prefeito nenhum que dá direito ao trabalhador, sindicato é que tem que correr atrás, tem que usar as armas que tem, e a armas que temos é a paralisação por que ele não quer acordo. “A greve continuará por tempo indeterminado até que a justiça resolva o problema da classe dos professores”, informou Marta da Silva Lima, presidente dos servidores públicos de Lima Campos.
Mais fotos
Nenhum comentário:
Postar um comentário