Dilma vai enfatizar obras do governo e Aécio quer se tornar mais conhecido do eleitorado, enquanto o PSB prepara a candidatura de Marina Silva
NA TELA – Dilma em visita a trecho da Ferrovia Norte-Sul em Anápolis (GO): para evitar rejeição nas ruas, campanha petista aposta na TV (Divulgação/Ichiro Guerra/VEJA)
O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão começa nesta terça-feira ainda sob a influência da morte de Eduardo Campos. O primeiro dia deve ser marcado pelas homenagens ao ex-governador de Pernambuco, morto em um acidente de avião na quarta-feira passada.
O programa do PSB será o primeiro exibido e vai trazer imagens do político com sua família e aliados. Marina Silva, que ocupará o lugar de Campos, ainda vai aparecer como coadjuvante. A confirmação de que ela sairá como candidata só deve sair na quarta-feira. Mas o mote da campanha já está decidido: "Não vamos desistir do Brasil". É a frase que Campos escolheu para encerrar sua entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, na véspera do acidente. O programa do PSB foi finalizado nesta segunda-feira, dia seguinte ao enterro do ex-governador.
A presidente-candidata Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves também farão menções ao ex-governador de Pernambuco. No caso da petista, o programa eleitoral é a principal aposta para garantir a vitória nas urnas. Dilma participou de poucos atos de campanha até agora. Na agenda dela, a maior parte das viagens foi realizada para que ela pudesse visitar obras e empreendimentos de seu governo e, assim, garantir imagens para o programa eleitoral. Com a popularidade em baixa, ela trocou as ruas pelos estúdios.
O tucano Aécio Neves (PSDB) deve exibir imagens ao lado de Eduardo Campos, com o qual teve uma convivência cordial. A aposta do PSDB para o horário eleitoral é apresentar o candidato e aumentar a adesão do eleitorado insatisfeito com Dilma – especialmente agora que Marina Silva desponta como uma alternativa ao petismo.
Apesar da importância das redes sociais, a propaganda eleitoral na TV ainda é o principal meio de divulgação dos candidatos. "A campanha na televisão continua sendo a principal janela através da qual o grosso da população toma conhecimento das candidaturas e das propostas de governo", diz o cientista político Paulo Kramer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).
Às terças, quintas e aos sábados, serão 25 minutos em cada bloco diário para a propaganda dos candidatos a presidente. Os outros 25 minutos servirão para os candidatos a deputado federal. No rádio, a propaganda vai ser veiculadas às 7h e às 12h. Na televisão, às 13h e às 20h. Às segundas, quartas e sextas, o tempo será destinado aos candidatos a governador, senador e deputado estadual ou distrital.
A coligação de Dilma Rousseff tem o maior tempo: 11 minutos e 24 segundos em cada bloco. Em seguida, vem a chapa de Aécio Neves (PSDB), com 4 minutos e 35 segundos. O PSB de Marina Silva tem direito a 2 minutos e 3 segundos. O PSC, que tem Pastor Everaldo como candidato, 1 minuto e 10 segundos. E o PV, do candidato Eduardo Jorge, 1 minuto e 4 segundos. Os demais candidatos têm menos de 1 minuto.
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