A governadora Roseana Sarney
(PMDB) diz estar ‘tranquila’ sobre acusações de envolvidos na Operação Lava
Jato, que revelaram um suposto esquema de propina com o Governo do Maranhão.
Pessoas mais próximas da
governadora informaram que ela “demonstrou tranquilidade” ao saber da
prisão do último foragido da Polícia Federal na sétima fase da Lava Jato,
Adarico Negromonte Filho, que se entregou à polícia na manhã desta
segunda-feira (24).
“Ela leu o noticiário e está tranquila.
Não fez comentários”, disse uma fonte palaciana.
Roseana foi citada nos depoimentos do doleiro
Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e da contadora
Meire Pozza, na Polícia Federal.
Nos depoimentos, foi revelado um esquema de R$ 100
milhões de precatório para que o governo do Estado liberasse à Construtora
UTC/Constran. O acordo seria que se fosse liberado o dinheiro, pessoas ligadas
ao Governo Roseana receberia R$ 6 milhões de propina e o doleiro Youssef
ficaria com R$ 2 milhões para intermediar a negociação.
O Governo do Maranhão chegou a repassar R$ 4,7
milhões do precatório para Constran. E, segundo a contadora Meire Pozza, foi
entregue apenas R$ 300 mil da propina para membros do Poder Executivo.
Pozza falou ainda em seu
depoimento, que a governadora Roseana teria considerado o primeiro repasse do
dinheiro da propina muito baixo.
O responsável por deixar a propina em um hotel em
São Luís foi Adarico Negromonte Filho, que irá depor hoje à tarde e deverá
falar sobre esse suposto esquema com o Governo do Maranhão. O dinheiro do
primeiro repasse da propina deixado por Negromonte foi recebido na recepção do
hotel pelo motorista da Casa Civil do Governo Roseana.
Por conta disso, a governadora está sendo
investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de receber
propina de empreiteira.
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