sexta-feira, 29 de março de 2013

Saiba qual é a diferença entre faculdade, centro universitário e universidade

Você até pode ouvir um monte de siglas para os nomes das instituições de ensino superior, mas a verdade é que só existem três tipos delas no Brasil: as universidades, os centros universitários e as faculdades.

  • Lalo de Almeida/Folha Imagem
    Estudantes em sala de aula da USP (Universidade de São Paulo)
E qual a diferença na prática? Segundo Ivelise Fortim, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e coautora do livro "Orientação Profissional Passo a Passo", basicamente, é uma só: "Quando você está dentro da universidade, tem maior chance de participar de pesquisas e de fazer iniciação científica [projeto de estudos durante a graduação]".

Tudo depende, de acordo com Ivelise, do interesse do estudante: "Se ele tem a intenção de voltar sua formação somente para a entrada no mercado de trabalho, tanto faz o tipo de instituição que escolher", aponta.

É claro que esta é uma generalização, já que há faculdades que fazem pesquisa séria, têm trabalhos com a comunidade e boa qualidade de ensino. Ao mesmo tempo, também existem universidades que deixam a desejar nas condições de ensino.

Por isso, na hora de escolher, é preciso ficar atento se a instituição de ensino cumpre o que é exigido pelo MEC (Ministério da Educação) e pela lei brasileira.

Universidade

As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC.

As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As particulares podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários.

Os requisitos mínimos são os seguintes:

  • Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes.
  • Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão.
  • Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado.

  • Centro universitário

    Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior.

    Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir:

  • Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado.
  • Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).

  • Faculdade

    As faculdades são instituições de ensino superior que atuam em um número pequeno de áreas do saber. Muitas vezes, são especializadas e oferecem apenas cursos na área de saúde ou de economia e administração, por exemplo.

    Outra diferença para os centros universitários e universidades é a seguinte: quando uma faculdade pretende lançar um curso, ela tem de pedir autorização do Ministério da Educação - ou seja, não tem autonomia para criar programas de ensino. Contudo, as faculdades devem cumprir uma exigência:

  • O corpo docente tem de ter, no mínimo, pós-graduação lato sensu - normalmente menores do que os mestrados e doutorados.


  • Fontes consultadas: site do MEC e Instrumento de Avaliação Institucional Externa.

    quarta-feira, 13 de março de 2013

    Justiça julga procedente ação do Sinproesemma que cobra nomeação de excedentes

    É mais uma grande vitória para a educação pública. A justiça estadual anula todas as contratações temporárias de professores na rede estadual de educação e determina, no prazo de 90 dias, a nomeação de todos os  candidatos aprovados no concurso realizado pelo Estado, em 2009, e que estão na condição de excedentes.
    A sentença judicial, expedida no dia seis deste mês, é resultado da Ação Civil Pública ajuizada, em 2011, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), cobrando o fim das contratações precárias e irregulares, assim como a nomeação dos concursados excedentes.
    Para julgar a favor dos trabalhadores concursados, atendendo pedido do sindicato, a juíza Luzia Madeiro Neponucena, da 1ª Vara da Fazenda Pública, fundamenta-se na legislação federal que garante o acesso do concursado, no período de vigência do concurso, caso seja comprovada a existência da vaga para a qual o candidato concorreu e está habilitado.
    Atualmente, segundo levantamento do Sinproesemma, existem 3.500 professores na rede pública estadual, em situação de contrato temporário precário, ganhando metade do piso salarial nacional do magistério, determinado na Lei do Piso. Por outro lado, à espera de nomeação, existem cerca de 10 mil professores, na condição de excedentes do concurso de 2009.
    A contratação temporária configura a existência da vaga na rede, conferindo ao excedente o direito à nomeação. “Concluo que os candidatos aqui representados pela sua categoria profissional têm direito subjetivo à nomeação, haja vista a comprovação da existência de pessoal não aprovado em concurso, ocupando vagas em número suficiente a atingir e ultrapassar a colocação obtida pelos mesmos”,  ressalta a juíza em sua sentença.
    A boa notícia foi levada à direção geral do Sinproesemma, na tarde desta segunda-feira (11), pelo assessor jurídico do sindicato, Luís Henrique Teixeira. O advogado explica que a decisão é de primeiro grau, mas é bem fundamentada e configura uma grande vitória. Segundo ele, o governo do Estado poderá recorrer ao segundo grau, o pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJE-MA), porém os excedentes já podem entrar com ações individuais, requerendo a nomeação, com tutela antecipada e com base nesta decisão, para ingressar na rede de ensino, imediatamente.
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    O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, lembra todo o processo de luta do sindicato, desde a realização do concurso, uma bandeira de luta da entidade, até chegar nessa grande vitória, obtida como resultado da ação civil pública, ajuizada pela entidade para fazer valer o resultado do concurso e qualificar a educação pública.
    Inicialmente, a juíza deu ganho de causa ao sindicato, em caráter liminar, mas o Estado recorreu justificando que as contratações de professores foram feitas com fundamento na “necessidade temporária de interesse público”, previsto na Constituição Federal. Agora, no julgamento do mérito, a juíza argumenta que o ato do Estado fere o direito constitucional do concursado à vaga existente, na vigência do concurso. “Observo que as referidas contratações burlaram a exigência constitucional insculpida no art. 37, II, da CF, na medida em que havia concurso público em vigência, com candidatos aprovados e devidamente habilitados”, diz a sentença.

    terça-feira, 12 de março de 2013

    Tramoia no Seletivo da Prefeitura de Bacabal


     Deu de tudo no processo seletivo da prefeitura de Bacabal de polícia a vereador.
    Vejam a falta de respeito do cambalacho que é o seletivo da prefeitura de Bacabal, na qual um candidato passou duas vezes para a mesma área.
    Observem abaixo a garfe:



    Dessa maneira, não dá para dar seriedade a nova administração de uma cidade como Bacabal, que num processo tão simples se tornou um poço de corrupção e troca de favores.

    sábado, 9 de março de 2013

    Os herdeiros políticos de Chávez

    RIO – Hugo Chávez designou Nicolás Maduro seu herdeiro político, mas é certo que a influência de sua família na política venezuelana não vai desaparecer tão cedo. Num clima de comoção ainda forte devido à morte recente do governante, Jorge Arreaza, genro de Chávez e ministro de Ciência e Tecnologia, foi indicado vice de Nicolás Maduro na noite de sexta-feira, estreitando os vínculos entre o novo presidente e a família de seu antecessor. E com uma eleição batendo à porta, o sobrenome Chávez se torna um cabo eleitoral de peso.
    - Maduro não vai se afastar da família de Chávez. Ele vai manter os vínculos – explica o analista político venezuelano Manuel Malaver sobre o presidente interino, que deve se lançar candidato. - Ele não sabe administrar conflitos como Chávez. Vai ser um presidente refém do apoio do Exército, o que pode causar um estranhamento com a Guarda Nacional e a Marinha. Precisa de todo o apoio possível.
    Chávez teve quatro filhos - Hugo, Rosa Virginia, María Gabriela e Rosinés - mas nenhum deles mostrou interesse por política até agora. Huguito costuma ser descrito como problemático. Rosa Virginia e María Gabriela fizeram as vezes de primeira-dama, depois da segunda separação do pai. Os venezuelanos chegaram mesmo a especular uma carreira política para a primeira, que é casada com Arreaza, mas isso nunca se concretizou. As duas foram muito presentes durante a doença e conquistaram a simpatia do povo. A mais nova, Rosinés, tem 15 anos, e é fruto do casamento com a jornalista Marisabel Rodríguez, que chegou a ser deputada, mas que depois da separação se converteu numa das principais críticas do governo e do ex-marido.
    O sobrenome, no entanto, continua forte em Barinas, o estado que já foi governado pelo pai, Hugo de los Reyes Chávez, e que agora é administrado pelo irmão mais velho, Adán. Ex-embaixador em Cuba e ex-ministro da Educação, Adán é outro nome considerado próximo a Maduro.
    - É preciso lembrar que há vários outros integrantes da família em posições-chave em cargos públicos, na estatal de petróleo - lembra Malaver.
    São irmãos, primos e sobrinhos que durante os 14 anos de governo de Chávez consolidaram posições no Estado venezuelano. Entre os irmãos, Argenis é secretário de Estado; Narciso coordena o convênio de saúde entre Venezuela e Cuba; Aníbal é prefeito de Alberto Arvelo Torrealba; e Adelis é vice-presidente do banco Sofitasa.
    Asdrúbal Chávez, primo do presidente morto, é o vice-presidente da poderosa PDVSA, a companhia estatal de petróleo venezuelana, e vice-ministro de Energias. E pelo menos dois sobrinhos ocupam posições de destaque: Cléver, filho de Narciso, dirige os programas sociais de Barinas, enquanto Enzo, filho de Adán, é um dos gerentes da PDVSA.
    - Chávez sempre foi uma pessoa muito ligada à família, e suas filhas são populares. Mas vai ser muito difícil ver uma delas numa disputa eleitoral. O legado deve ficar a cargo de Adán e Arreaza mesmo – conclui Malaver


    o globo.com

    quarta-feira, 6 de março de 2013

    Pronatec Campo vai beneficiar mais de 29 mil trabalhadores rurais em todo o País

     
     www.oimparcial.com.br
     
    O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego do Campo (Pronatec Campo), do Ministério do Desenvolvimento Agrário, deverá oferecer 29.666 vagas em todo o Brasil em 2013. Podem participar dos cursos agricultores familiares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores, além de povos e comunidades tradicionais. As inscrições são feitas nos comitês do Pronatec Campo em cada estado. O objetivo é de que sejam abertas novas turmas durante todo o ano.

    Lançado no ano passado pelo governo federal, o programa visa elevar a educação e qualificar a formação de jovens e adultos por meio da oferta de cursos profissionalizantes e tecnológicos. A assessora especial para a juventude do MDA, Ana Carolina Silva, explica que o programa é um bom incentivador da permanência no campo. “O êxodo rural é muito marcado pelos jovens e pelas mulheres. Então, uma forma da gente propiciar a continuação deste público no campo é justamente apresentar um meio de melhorar a qualidade da produção dele”, diz. 

    Inscrição

    Segundo a assessora Ana Carolina, o processo de inscrição é diferenciado. “O interessado pelo curso deve procurar os comitês estaduais, as delegacias federais do MDA nos estados e os movimentos sociais nos municípios. Cada região possui um perfil de alunos que tem prioridade. Os inscritos serão analisados e selecionados”, explica. Neste mês estão abertos os processos seletivos para as primeiras turmas nos estados do Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba.

    A pedagoga Tábata Rosa aprovou a experiência. Para ela, o programa no campo veio na hora certa. “Minha expectativa é grande. O programa vai dar oportunidade para quem nunca teve nenhuma experiência do gênero. Se as pessoas deixarem a terra e o campo ficar vazio, quem é que vai produzir se é a agricultura familiar que responde pelos alimentos que consumimos? Se as condições de permanência forem boas, as pessoas não vão deixar o meio rural”, finaliza.

    Cursos

    Dos 518 cursos disponíveis no Guia Pronatec, 124 serão realizados por meio do Pronatec Campo. O curso de Agricultor Familiar teve o maior número de vagas pactuadas, seguido dos cursos de Operador de Máquinas e Implementos Agrícolas, Auxiliar Técnico em Agropecuária, Agricultor Orgânico, Horticultor Orgânico e Bovinocultor de Leite.

    A maioria dos cursos ofertados (cerca 90%) pelo Pronatec Campo é voltada para a atividade rural. “O Pronatec entra na perspectiva de educação e capacitação de jovens e adultos das áreas rurais, entendendo que o campo é um meio diferente do urbano, orientando para princípios baseados no campo e respeitando a territorialidade estadual”, diz Ana Carolina Campos.

    Das vagas do Pronatec Campo, 27.122 (91,42%) foram pactuadas com a rede federal de ensino; 1.235 vagas (4,16%) com a rede estadual, 1.080 vagas com o Senar (3,64%); 149 vagas com o Senac (0,5%); e 80 vagas (0,27%) com o Senai.

    Sobre o programa

    O Pronatec Campo faz parte do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), do Ministério da Educação (MEC), apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O programa está inserido no Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013 e prevê, até o Plano Safra 2014/2015, a oferta de 120 mil vagas em todo o País.

    Vagas em cada estado: 

    Estado                   Vagas
    Acre                       1.210
    Alagoas                      635
    Amapá                       230
    Amazonas                  725
    Bahia                         814
    Ceará                            0
    Distrito Federal          320
    Espírito Santo             880
    Goiás                      3.974
    Maranhão                  484
    Mato Grosso                 30
    Mato Grosso do Sul      790
    Minas Gerais            2.870
    Pará                         3.585
    Paraíba                     1.150
    Pernambuco                 175
    Piauí                         1.610
    Paraná                      1.180
    Rio de Janeiro               422
    Rio Grande do Norte       225
    Rio Grande do Sul       1.720
    Rondônia                      942
    Roraima                     1.550
    Santa Catarina            2.095
    São Paulo                   1.180
    Sergipe                          390
    Tocantins                       480