Agência Assembleia
A possibilidade da Funai ampliar a área de reserva indígena no município de Amarante foi motivo de pronunciamento proferido na manhã desta quarta-feira (7), na Assembleia Legislativa, pelo deputado Carlinhos Amorim (PDT). Conforme o parlamentar, a portaria da Funai que determina uma nova demarcação pretende estender a área de reserva indígena, que atualmente ocupa 54%, para 80% do município.
Para Carlinhos Amorim, essa decisão implicará no esgotamento de centenas de propriedades rurais, cerca de três mil famílias, e no desabrigo de mais de 20 mil pessoas. Quando se anunciou essa possibilidade foi criada uma comissão permanente em Amarante. Ela já esteve em Brasília, já esteve no Incra, na Funai, no Congresso Nacional.
Os moradores de Amarante temem que logo após a demarcação a portaria da Funai seja homologada pelo governo. Amarante, segundo Carlinhos Amorim, é um município próspero, populoso, localizado a 110 Km de Imperatriz e com uma agropecuária muito forte. “A nova demarcação representará um dano, um prejuízo para a economia não só da região como do Maranhão inteiro”, adverte o parlamentar.
Amorim foi aparteado pelo deputado Antônio Pereira (DEM), que afirmou ser Amarante uma cidade pujante e que amanhã mesmo estará inaugurando uma agência do Bradesco. Pereira afirma que a simples ameaça de ampliação da reserva indígena já está trazendo prejuízos econômicos de desenvolvimento para aquele município.
“Eu fiz questão de distribuir um informativo, com mais um documento da comissão permanente criada em Amarante”, revelou Antônio Pereira. Em seguida informou que na próxima quarta-feira estará ocupando o grande expediente na Assembleia para discutir com mais profundidade o assunto.
Antônio Pereira afirma que a ampliação não está acontecendo apenas em Amarante. Em virtude disso pretende convocar uma audiência pública que reúna as autoridades e todas as pessoas prejudicadas e a sociedade civil organizada. Carlinhos Amorim garantiu que estará na audiência pública defendendo o ponto de vista dos que não aceitam a ampliação da área de reserva indígena.
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