No dia 3 de maio deste ano, a Assembleia Legislativa se reuniu para votar um projeto de autoria do deputado Stênio Rezende que permitia a derrubada de babaçus em São Luís, favorecendo as empresas que constroem prédios residenciais.
Dos 30 que compareceram ao plenário, apenas a deputada Eliziane Gama se absteve da votação. O restante votou favorável ao projeto, mesmo sabendo dos danos que a ação dos empreiteiros causaria ao meio ambiente.
Setes meses depois e dois dias, um escândalo veio à tona: um consórcio de construtores da área civil se cotizou e entregou ao deputado Stênio Rezende R$ 1,5 milhão para ser distribuido entre 30 parlamentares, número informado por Rezende aos empresários, ficando para cada um R$ 50 mil. Coincidentemente, lá estavam 30 parlamentares no dia da sessão.
Com o estouro do escândalo, por intermédio de um empresário do setor, conhecido por Motinha, presidente do Sinduscon, o plenário da Assembleia Legislativa vive incendiado nas últimas 48h.
Uma parte quer que o caso seja apurado, outra permanece calada, e uma terceira pretende a criação de uma CPI. O presidente Arnaldo Melo, mais cauteloso e sereno, mandou que a Corregedoria da Casa faça a investigação.
Mas um detalhe chama a atenção: dos 29 deputados que votaram favoráveis ao projeto bancado pelos empreiteiros, apenas 11 se indignaram e garantem não ter recebido nada.
São Eles: Tatá Milhomem, Carlos Amorim, César Pires, Eduardo Braide, Eliziane Gama, Gardênia Castelo, Luciano Leitoa, Marcelo Tavares, Raimundo Cutrim, Rubens Pereira Júnior e Zé Carlos da Caixa.
O restante permanece até agora em silêncio. São Eles: Camilo Figueireido, Cleide Coutinho, Dr. Pádua, Edilázio Júnior, Edson Araújo, Francisca Primo, Hélio Soares, Hemetério Weba, Jota Pinto, Léo Cunha, Magno Bacelar (este considera uma boataria), Manoel Ribeiro, Marcelo Marcos Caldas, Stênio Rezende, Valéria Macêdo, e Vianey Bringel.
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