Quatro últimos andares do edifício não foram derrubados |
O edifício próximo à favela do Moinho, recentemente atingida por um incêndio, no centro de São Paulo, foi parcialmente implodido na tarde deste domingo. Os explosivos, acionados às 17h35, com mais de meia hora de atraso, não conseguiram derrubar o prédio inteiro, deixando os últimos quatro andares de pé. De acordo com o prefeito Gilberto Kassab (PSD), os objetivos da ação foram atendidos, já que a demolição parcial se deve a necessidade de usar recursos que não danificassem a via férrea localizada ao lado da construção. "Não houve falha, esteve tudo dentro do previsto", disse Kassab. O restante será demolido manualmente em até 90 dias.
O edifício teve sua estrutura comprometida após o incêndio na favela do Moinho, ocorrido em 22 de dezembro e que matou duas pessoas. A operação para demolir a construção foi realizada com 800 kg de dinamite, colocadas em 2,2 mil furos, localizados em 260 pilares entre o térreo e o primeiro piso. Os trabalhos bloquearam o trânsito no local e cerca de 400 famílias tiveram que deixar a região. A implosão atraiu dezenas de pessoas que se concentravam em um viaduto próximo.
De acordo com Kassab, após uma vistoria preliminar, realizada junto aos responsáveis pela obra, foi firmado que será mantido o prazo de terça-feira para a liberação da linha ferroviária localizada ao lado. A liberação para trens de passageiros está prevista para as 6h. Composições de carga deverão circular dois dias depois. O custo total da demolição foi de R$ 3,5 milhões.
As famílias que tiveram suas casas queimadas no incêndio que atingiu a favela do Moinho receberão R$ 1,2 mil em uma parcela única e R$ 300 mensais de auxílio aluguel até que recebam as chaves das suas unidades habitacionais, que serão construídas. Kassab afirmou que a Secretaria de Habitação localizou três terrenos próximos a região de Campos Elíseos para acomodar os moradores.
O Imparcial
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